Em estado bruto, o minério de ferro possui baixa energia e mantém suas moléculas estáveis
Uma vez beneficiado nas siderúrgicas – transformando-se em vergalhões, chapas para veículos e máquinas, equipamentos elétricos e dutos – ele passa a interagir com outros elementos que podem alterar sua estrutura física. É quando começa a oxidação. Inicialmente invisível a olho nu, este processo é ininterrupto e leva à corrosão, destruindo boa parte da estrutura metálica.
Por muitos anos, a corrosão recebeu tratamento superficial, na maioria das vezes com o uso de tinta. Este processo, no entanto, não consegue retirar pequenas porções de oxigênio dos poros dos metais, nem impedir que a oxidação continue. A única forma de evitar a degradação do metal é mantê-lo energizado.
Este é o objetivo do anodo eletrônico Passivar. Com micropulsos elétricos aplicados na estrutura metálica, os elétrons passam a agir na criação de um fio de proteção sobre as áreas afetadas. Impedindo a corrosão e protegendo toda a superfície de forma definitiva. Passivar também consegue reverter os processos corrosivos já iniciados, recuperando as estruturas já danificadas pela corrosão.
DIFERENÇA EM RELAÇÃO ÀS TÉCNICAS CONVENCIONAIS
A tecnologia empregada no sistema de proteção catódica por filme condutivo (anodo Passivar) é a mesma utilizada em um sistema de corrente impressa. Os dois fornecem elétrons para uma determinada superfície a ser protegida. Estes elétrons reagem às transformações químicas de corrosão, preservando os elétrons da estrutura. A diferença está na forma como os elétrons são fornecidos.
CORRENTE IMPRESSA OU GALVÂNICA
Na proteção por corrente impressa ou galvânica (método convencional), a corrente de proteção é distribuída entre anodos de sacrifício – posicionados de modo remoto – e a estrutura.
Este sistema faz com que a potência da proteção seja elevada, uma vez que a corrente deverá compensar a parcela de perda apresentada na resistência elétrica existente entre o anodo e a estrutura a proteger.
PROTEÇÃO POR FILME CONDUTIVO (ANODO PASSIVAR)
Na proteção por filme condutivo (anodo eletrônico Passivar), não existe a figura do anodo remoto. A corrente de proteção é fornecida por dois cabos conectados diretamente à estrutura a ser protegida.
Esta corrente passa a circular na superfície da estrutura, elevando a eficiência do sistema, uma vez que não existe a perda de parcela de corrente de proteção para o meio ambiente entre a estrutura e o anodo remoto da corrente impressa.
Uma vez que a resistência elétrica a ser vencida na transmissão da corrente de proteção entre o anodo remoto e a estrutura a ser protegida é inexistente num sistema de proteção por filme condutivo, sua eficiência é muito superior quando comparada à do sistema por corrente impressa.
REDUÇÃO DE GASTOS
Esta ausência da resistência elétrica entre os cabos de conexão também resulta em equipamentos com potência final muito inferior quando comparada a sistemas por corrente impressa, onde são comuns equipamentos que apresentem potência final da ordem de 3.000 Watts, com pelo da ordem de 80 a 120 Kg.
Equipamentos de proteção por filme condutivo apresentam uma potência final da ordem de 0,3 Watts e peso da ordem de 100 gramas. Isto resulta numa economia superior também no fornecimento de energia elétrica para sua operação, com grande redução de gastos.
UTILIZAÇÃO EM QUALQUER AMBIENTE
A tecnologia convencional de proteção catódica é utilizada apenas em áreas enterradas no solo ou submersas em áreas aquáticas. Nos dois casos, é necessário o uso da água ou do solo como agente integrador da funcionalidade do sistema de proteção.
Esta tecnologia não pode ser aplicada em áreas abertas ou aéreas, pois não existe a possibilidade de o sistema convencional utilizar o ar como agente condutor. Já o sistema de proteção catódica por filme condutivo (anodo Passivar) foi desenvolvido para dispensar o uso desses elementos do meio externo para proteção.
Ele é o único sistema que opera em ambientes aéreos, bem como em áreas submersas e enterradas.