Anodo Eletrônico Passivar é capaz de impedir a ferrugem e a corrosão em superfícies metálicas; aparelho já está presente na Petrobras, ESGás, Sabesp, TechnipFMC, SJC Bioenergia e Águas do Paraíba.
Diversas empresas do estado do Rio de Janeiro e do Brasil estão reduzindo os custos de manutenção e aumentando a vida útil de seus equipamentos graças ao uso de uma tecnologia inovadora: a proteção catódica por filme condutivo.
Ela é capaz de impedir a ferrugem e a corrosão em superfícies metálicas, acabando com um problema que reduz a vida útil das estruturas e compromete a segurança nas operações.
Pioneira na tecnologia, a Passivar já atua em diversas empresas. Entre elas: Petrobras, Suzano, ESGás, TechnipFMC, SJC Bioenergia e Águas do Paraíba.
Os relatórios técnicos realizados pela equipe técnica da empresa indicam a eficiência do processo, que já teve o resultado comprovado em testes no Águas do Paraíba; na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf); e na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
A técnica não utiliza nenhum tipo de pintura industrial, nem anodos de sacrifício. O centro das atenções é um anodo eletrônico – um pequeno aparelho pouco maior que um telefone celular. Implantado na superfície metálica, ele forma uma película protetora que impede a ação corrosiva.
Desenvolvido com tecnologia 100% brasileira, o equipamento já recebeu as certificações Inmetro, EX e Eletrobras/Cepel.
Como a corrosão ocorre
Em estado bruto, o minério de ferro possui baixa energia e mantém suas moléculas estáveis. Mas quando é beneficiado nas siderúrgicas, transformando-se em vergalhões, chapas, dutos e equipamentos, ele passa a interagir com outros elementos que alteram sua estrutura física.
Invisível a olho nu num primeiro momento, este processo é ininterrupto e leva à corrosão, destruindo boa parte da estrutura metálica.
Por muitos anos, o problema recebeu um tratamento superficial – na maioria das vezes, com o uso de pintura industrial. Esta alternativa, no entanto, não é capaz de retirar as moléculas de oxigênio dos poros dos metais. Com o oxigênio presente na estrutura, a oxidação volta a acontecer.
Como o anodo eletrônico funciona
A única forma de evitar a corrosão nas ligas metálicas é mantê-las energizadas. É assim que funciona a chamada “passivação”.
O Anodo Eletrônico Passivar utiliza uma corrente elétrica para formar uma camada protetora na superfície, impedindo que a oxidação e a corrosão ocorram. Isso permite que o metal tenha uma vida útil mais longa e melhor desempenho em ambientes corrosivos.
A tecnologia pode ser utilizada em qualquer ambiente, seja aéreo, submerso ou enterrado. Cada anodo protege uma superfície entre 20m2 e 40m2.
O anodo pode ser aplicado com eficiência comprovada em indústrias, navios, plataformas, tanques, dutos, mobiliário urbano, veículos, equipamentos do agronegócio, usinas eólicas e construção civil, entre outros setores.
Economia
A vantagem econômica é grande. Estima-se que o Brasil gaste anualmente o equivalente a 4% de seu Produto Interno Bruto (PIB) com a manutenção de equipamentos e substituição de peças corroídas.
O problema é ainda mais grave nas cidades litorâneas, onde a ação da maresia acelera o processo corrosivo. Postes, pontes e estruturas metálicas no litoral têm uma vida útil em média de cinco anos, enquanto nas cidades mais afastadas do mar a durabilidade chega a 30 anos.
– Estamos falando numa revolução que pode trazer uma economia significativa para as empresas e para o poder público. No setor offshore, por exemplo, o Anodo Eletrônico Passivar consegue reduzir em até 70% os custos de manutenção de um navio – explica Francisco Müller Filho, responsável técnico da empresa e membro da Associação Brasileira de Corrosão (Abraco).
Segundo ele, o anodo eletrônico pode ser aplicado em qualquer superfície metálica – inclusive em postes, semáforos, galpões, quiosques, na construção civil, setor offshore e máquinas agrícolas.