Laudo técnico da Defesa Civil Estadual concluiu que a catástrofe foi causada pela alta corrosão precoce na base metálica que sustentava a caixa.
A corrosão foi a causa de uma tragédia que ainda hoje é lembrada com muita dor pela população de Sergipe. O desabamento de um reservatório de água sobre uma escola no município de Nossa Senhora das Dores deixou um rastro de mortos e feridos, chamando a atenção das autoridades para o problema da falta de manutenção preventiva em prédios públicos.
Com 15 metros de altura e capacidade para 30 mil litros, o reservatório era responsável pelo abastecimento de água dos cerca de 600 moradores do povoado Campo Grande. No dia 5 de novembro de 2017, a estrutura desabou sobre a Escola Municipal Professor Osman dos Santos Oliveira, destruindo o teto e atingindo salas de aula. Duas crianças morreram e 18 pessoas (11 crianças e 7 adultos) ficaram feridas.
Um laudo técnico da Defesa Civil Estadual concluiu que a catástrofe foi causada pela alta corrosão precoce na base metálica que sustentava a caixa. Como a estrutura continha muita ferrugem, não suportou o peso do reservatório – embora tivesse sido reformada cinco anos antes.
Um problema que tem solução
A corrosão está muito mais presente na construção civil do que se imagina. No concreto armado, o fenômeno afeta principalmente os vergalhões, ocorrendo de dentro para fora – e, por isso, nem sempre é detectado em inspeções rotineiras.
Escolas, hospitais, edifícios pontes, viadutos e guarda-corpos estão entre as estruturas mais atingidas. O problema é mais grave nas cidades litorâneas, onde o efeito da maresia acelera o processo de desgaste em até seis vezes.
Nestes casos, o uso de técnicas tradicionais, como a pintura, não tem nenhuma eficácia. A solução definitiva é o uso da técnica da proteção catódica por filme condutivo: um pequeno aparelho conectado à superfície metálica forma uma película protetora que impede a troca de elétrons entre o metal e o meio ambiente, impedindo que a corrosão aconteça em definitivo.
Pioneiro no uso da técnica no Brasil, o Anodo Eletrônico Passivar já é utilizado com sucesso em muitas empresas. Testes em laboratório comprovaram a eficácia do equipamento, que recebeu as certificações Inmetro, EX e Eletrobras/Cepel para atividades em áreas classificadas.